Amamentar é…

Amamentar é um ato de amor. Você já conheceu a minha experiência inicial com amamentação que não foi nada fácil. Hoje o Rafa está com 9 meses e quando eu volto do trabalho ele aproveita para mamar pelo dia todo, da maneira correta, sem dores ou traumas!!

Contudo, outras mães escrevem histórias diferentes e mantém o vínculo da amamentação com a mamadeira, pois mesmo tentando de tudo não conseguiram amamentar naturalmente. Vamos lá, sem culpa, se você alimenta seu filho com amor e carinho, é isso que importa! Aliás, é sobre isso que o texto da fisioterapeuta e psicoterapeuta Karin Fromm aborda, dá uma olhada:

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Atualmente, tanto as mães como seus filhos são privilegiados por viverem em uma época que essa prática é incentivada de muitas formas e desejada por todos. Os benefícios do leite materno e do vínculo que se faz com a amamentação não são mais questionados ou deturpados como no passado. Neste cenário surge um novo tipo de mãe: aquelas que se sentem culpadas e pressionadas por não conseguirem amamentar.

 

Seja qual for a razão, não amamentar pode trazer muita frustração e insegurança às mães bem intencionadas e que sonhavam com essa prática. É um desejo legítimo e inato, quase uma extensão da gravidez, nutrir seu filho do seu próprio corpo. Mas quando isso não for possível, é preciso reconhecer a possibilidade e os avanços que existem à disposição, bem como todo aparato necessário: fórmulas prontas para todas as idades e tipos de metabolismos, mamadeiras que evitam cólicas e bicos ortodônticos. As fórmulas infantis não garantem a boa imunização do bebê, como faz o leite materno, mas possibilitam que eles cresçam bem nutridos.

 

No entanto, o que vale mesmo a pena ser ressaltado é que o fator mais importante no ato de amamentar, seja no peito ou na mamadeira, é a maneira como é feito. A interação da mãe com o bebê é o que realmente faz diferença no desenvolvimento psicoafetivo dos filhos. E como saber se o seu bebê está sendo bem amamentado? Observe se você mantém uma atmosfera calma ao redor; reserva aquele momento de intimidade e tranquilidade, respeitando o ritmo do seu bebê; observa seus movimentos e percebe seu prazer e saciedade, além de manter contato olhando nos seus olhos, conversando ou cantando para ele. Além do leite, a sua presença e calor é o que fará seu filho crescer e se desenvolver com confiança.

 

E no fundo é realmente isso que importa: a qualidade do contato que se faz ao amamentar. Uma mamadeira bem dada pode ser muito mais valorosa do que uma mamada em um peito frio, de uma mãe impaciente ou sem contato algum. Já se você não puder nem mesmo estar presente na hora da mamadeira, certifique-se ao menos que a pessoa que for fazê-lo tenha esses cuidados, além de tempo e lugares disponíveis para isso. Nessa fase é sempre mais importante que a substituta da mãe seja alguém que tenha um bom colo, que saiba aconchegar e ser amorosa com seu bebê.

 

Além disso, tente estar o mais presente possível e siga tranquila. Pressão e culpa não ajudam em nada na hora de criar um filho, ao contrário, trazem ansiedade e tensão, e os bebês são muito sensíveis ao estado emocional de suas mães. Saiba que você está fazendo o melhor que pode, da melhor forma possível e tudo estará bem. E se lembrar continuamente de que nenhuma mãe foi e nem nunca será perfeita também ajuda!

Para mais informações, clique aqui.

As dores e alegrias da amamentação

Faz tempo que eu precisava falar sobre isso. Enquanto você está grávida poucas pessoas dão instruções sobre amamentação – o povo só fica te apavorando sobre o parto (compartilharei minha opinião sobre isso em outro momento).

Sempre tive um desejo enorme de amamentar, acho bonito, um gesto de carinho e proteção ao bebê, mas eu tinha a imagem que seria sempre assim:

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Eu diva, calma, sorridente, maquiada e amamentando… mas no começo nem tudo são flores.

Minhas dificuldades

Depois da cesárea fui para o quarto e esperei o bebê chegar para tentar amamentar. Fiquei com medo que não tivesse leite, pois enquanto gestante não saiu líquido nenhum dos meus seios.

Quando o Rafa chegou no quarto coloquei no seio e fiquei esperando a ‘mágica’ acontecer, mas nada. Ele estava meio sonolento, então deixei que dormisse mais um pouco. O hospital tem uma enfermeira apenas para instruir sobre como amamentar. Ela apertou o bico do meu seio (sim, doeu muito!) e disse que eu tinha leite. Saiu uma gotinha de colostro, que era transparente e não parecia um leite! 

A senhora muito querida disse que ele ainda não sabia sugar e que eu teria que estimular colocando meu dedo mínimo no céu da boca dele para dar certo. Mesmo assim, ele não pegava corretamente e mamava muito pouco, muitas vezes engolindo ar. Eu passei o dia tentando amamentar e quase nada acontecia. Eu estava cansada e frustrada em perceber que não era tão simples. 

Ainda no hospital foi dado Nan para o Rafael e eu fiquei com medo de que ele me trocasse por aquela latinha cara. Eu via as outras mães que tiveram filho no mesmo dia que eu super amamentando felizes e eu ainda sem entender o que estava acontecendo.

Na alta com a pediatra neonatal falei sobre a minha dificuldade em amamentar e aí começou uma sessão de tortura. Ela pediu para mostrar como eu fazia e disse que estava errado. Apertou por uns 10 minutos o bico dos meus seios, puxou, apertou, puxou, apertou, sério, fiquei com vontade de bater nela… até que a ‘mágica’ aconteceu – ele sugou e eu amamentei de verdade! A doutora disse que o bico do meu seio era curto, mas que com insistência eu conseguiria amamentar.

Eu teria que me torturar em casa, sozinha – começava mais um o desafio. Além de estar na fase de puerpério, chorando e me irritando por qualquer coisa, cada mamada para o Rafael começava meia hora antes. Eu puxando bico, passando dedo na boca dele, tentando encaixar. Às vezes dava certo, outras não. Por isso, meu seio começou a rachar.

Que dor!

Para mim, estas foi uma das dores mais intensas que senti. Eu tinha que alimentar meu filho, mas para isso, teria que suportar aquele mal-estar a cada duas horas. No hospital eu ganhei amostra grátis de uma pomada a base de lanolina para ajudar, também passei o próprio leite no seio, é o que instruem nas Unidades de Saúde.

Não peito chegou a sangrar, mas também não tinha tempo de cicatrizar e passei acho que um mês com esta dor terrível.

Nesta época eu fui em um salão de beleza retocar as luzes, fazer unha e ouvi várias mulheres contando que tiveram o mesmo problema. Algumas pessoas me indicaram passar casca de banana no seio, claro que não fiz! Ouvi também de outra que desistiu de amamentar por causa dessa dor e começou a introduzir alimentos no bebê aos três meses porque ‘o Nan era caro’. Enfim, ouvi vários absurdos!

Os melhores conselhos ouvi foram da minha mãe e da minha cunhada Camila. Elas sempre tiveram ao meu lado e todos os dias me ligavam para saber como estava a amamentação. Minha mãe disse ‘seu seio vai ficar acostumado e o Rafael mais esperto e vai parar de doer quando você menos esperar’. Sim, isso aconteceu!!

Hoje ele é super esperto pega corretamente de primeira e suga muito bem, tanto que tem ganhado mais de um quilo por mês e é o orgulho do pediatra!!

Agora eu amamento com prazer e sem dor, posso até tirar foto diva igual a Claudia Leitte. 

Só contei a minha história para dizer com propriedade que amamentar não é fácil, mas vale muito à pena. Mesmo que doa insista, porque vai passar! Na época encontrei pouco material na internet sobre o assunto, só histórias terríveis que me deixaram assustada. Tomara que meu relato possa ser uma ajuda positiva.

Respeito as mulheres que não puderam amamentar ou por algum motivo tem que dar complemento ao bebê. Cada um escreve uma história e todo esforço para ter um bebê saudável é válido.

Me identifiquei

Um belo dia eu estava amamentando e assistindo o programa Encontro da Fátima Bernardes, aí a Chris Nicklas (eu adorava ela na MTV) apresentou um projeto sobre amamentação. Ela amamentou gêmeos e mostrou no programa uma foto toda descabelada com os dois! Eu me emocionei assistindo o que ela falou, me identifiquei muito! Clique aqui e assista também! 

E você como foi sua experiência com a amamentação?